RESENHA: Pausa por Colleen Hoover

Nome: Pausa
Autor(a): Colleen Hoover
Volume: 2
Editora: Galera Record
Avaliação: 
Onde comprar: Saraiva, Submarino, Amazon (ebook kindle)

Destinados um ao outro, Layken e Will superaram os obstáculos que ameaçavam seu amor. Mas estão prestes a aprender, no entanto, que aquilo que os uniu pode se transformar, justamente, na razão de sua separação. O amor pode não ser o bastante. Depois de testado por tragédias, proibições e desencontros, o relacionamento de Layken e Will enfrenta novos desafios. Talvez a poesida desse casal acabe num verão solitário... Sem direito a rimas ou ritmo. A ex-namorada de Will retorna arrependida de ter deixado o rapaz. E está disposta a tudo para reconquistá-lo. Insegura, Layken começa a ler novas reações no comportamento do rapaz. E na insistência para adiar a "primeira vez" de ambos. Presos em uma ironia cruel do destino, eles precisam descobrir se o que sentem é verdadeiro ou fruto da extraordinária situação que os uniu. Será que é amor? Ou apenas compaixão? Layken passa a questionar a base de seu relacionamento com Will. E ele precisa provar seu amor para uma garota que parece não conseguir parar de "esculpir abóboras". Mas quando tudo parece resolvido, o casal se depara com um desafio ainda maior - e que talvez mude não só suas vidas, mas também as vidas de todos que dependem deles.

Enquanto Métrica entrou pra lista dos meus favoritos, Pausa foi bem mediano e previsível. Não havia necessidade de uma sequência. A autora poderia ter incluído os acontecimentos importantes desse segundo livro facilmente ao final do primeiro, sem prejudicar a história.

Em Pausa, segundo volume da série “Slammed” de Colleen Hoover, continuamos a acompanhar Will e Layken. Eles agora possuem outros obstáculos pela frente. A volta da ex-namorada de Will, Vaughn, pode complicar um pouco as coisas entre o casal.

Pausa é contada sob a perspectiva do Will, diferente de Métrica que fora pela de Lake. Foi bom termos a oportunidade de observar os fatos através dos olhos de Will, conhecendo um pouco mais de sua vida "pré-Layken". Mas essa mudança não me agradou tanto assim. A narrativa ficou bem feminina. A autora continuou escrevendo da mesma forma de que com Lake e talvez por isso, Will adquiriu características melosas e pegajosas demais nesse segundo livro. Claro, sabemos que o amor compartilhado pelo casal é excepcional - eles são completamente loucos um pelo outro -, mas em muitas partes eu já estava no meu limite devido a tanta demonstração de afeto. Meh!

Ao final da primeira parte de Pausa, temos uma grande reviravolta na história. Bem previsível. E a forma como tudo milagrosamente acaba dando certo, também. Tudo bem, sei que estamos falando de um New Adult cujo final está inclinado ao "felizes para sempre". Entretanto, não é plausível criar um grande alvoroço dentro da história, descrever um quadro nada otimista e então tudo ficar maravilhosamente bem.

Gostei de Métrica porque o obstáculo que separava o casal era diferente do que eu já tinha lido antes (eu sei). Além da escrita da autora e do seu jeito de se expressar, que foram incríveis. Colleen Hoover acertou na pitada de romance e drama, equilibrando-os para que não ficasse algo maçante ao se ler. Nem mais disso, nem mais daquilo. Já neste segundo volume, a autora optou por dar ênfase a algumas coisas que não eram necessárias. Por exemplo, o motivo que ocasiona o desentendimento entre Will e Lake (não é spoiler, tá na sinopse) é bobo. Muito barulho por nada.

O destaque desse livro vai pro núcleo infantil/adolescente: Kel, Caulder e principalmente Kiersten – a nova vizinha dona de uma personalidade apaixonante. Os melhores diálogos e cenas foram aquelas que eles estavam presentes. E como de costume, um dos pontos altos do livro são as poesias de slam. E as recitadas por Caulder e Kiersten são de uma genialidade e simplicidade magníficas! Quem não ficou emocionado com Caulder expondo seus sentimentos a alto e bom som?

Pausa foi um livro mediano pra mim, decaindo muito em qualidade se comparado ao seu antecessor Métrica. Os motivos principais para isso foram o exagero de amor demonstrado pelo casal e Will, que foi de incrível a um pé-no-saco. E é por isso que minha cota de Will e Lake fica por aqui. Intenção zero de ler Essa Garota, o terceiro e último volume.

RESENHA: After por Anna Todd

Nome: After
Autor(a): Anna Todd
Volume: 1
Editora: Paralela
Avaliação: 
Onde comprar: Saraiva, Submarino

Depois de bater a marca de um bilhão de acessos na plataforma de leitura Wattpad ao transformar os integrantes da banda One Direction em personagens de uma história de amor sexy, a série After vira livro e promete ser o novo fenômeno editorial. No primeiro livro, Tessa, de 18 anos, sai de casa, onde mora com a mãe, para ir para a faculdade. Até então sua vida se resumia a estudar e ir ao cinema com o namorado doce que conheceu ainda criança. No primeiro dia na faculdade, onde ela passa a dividir o quarto com uma amiga que adora festas, Tessa conhece Hardin, um jovem rude, tatuado e com piercings que implica com seu jeito de garota certinha. Logo, no entanto, os dois se envolvem e Tessa, que era virgem, vê sua sexualidade aflorar. Hardin é inspirado em Harry Styles, um dos membros do One Direction. Os outros quatro músicos da banda – Zayn, Niall, Louis e Liam – também viraram personagens na trama. Tessa logo descobre que Hardin possui um passado cheio de fantasmas e os dois começam um relacionamento intenso e turbulento. Depois dele, ela nunca mais será a mesma.

Se está a procura de um livro arrebatador e inovador, After não é o livro pra você.

Theresa Young, "Tessa", é a protagonista politicamente correta e que contrasta com tudo que Hardin Scott (péssima escolha de nome, péssima!) é. Enquanto Tessa tem toda uma vida planejada, não vai a festas e ainda mantém-se virgem, ele vive a vida no modo "foda-se" sem se importar com os danos que causa às pessoas ao seu redor. Seus caminhos se cruzam quando Tessa acaba tendo como colega de quarto uma das amigas de Hardin.

Garota certinha, nerd, virgem e que faz letras: confirma. Garoto rebelde e misterioso que não faz a linha de namoros, tem problemas com os pais e ignora a protagonista: confirma. Esse livro é a síntese de todo clichê acompanhado de umas cenas sacanas aqui e lá.

After apresenta inúmeros problemas, entretanto não culpo a autora, Anna Todd, pelas falhas nele. Assim como E.L James - autora da trilogia Cinquenta Tons -, a autora escreveu a história de forma despretensiosa como uma fanfiction. Não poderia prever seu sucesso, muito menos que iriam querer torna-la um livro. Por isso, apesar da história bem dedutível, se a encararmos em seu formato original, uma fanfic, todo esse conjunto de coisas clichês pode se tornar um pouco mais aceitável. No entanto como livro fica mais difícil.

O romance entre os dois personagens é um tanto quanto doentio, com Hardin humilhando e machucando os sentimentos de Tessa frequentemente enquanto a mesma era capaz de perdoa-lo toda vez em nome de seu amor por ele. Muitas vezes me peguei sentindo vergonha alheia dela e desejando-lhe um pouco mais de amor próprio. A autora utiliza da ingenuidade e inexperiência de Tessa para facilitar a aproximação de Hardin. A curiosidade por esse mundo novo que ele poderia proporciona-la faz com que Tessa mergulhe em um romance desgastante, que rende mais brigas do que momentos bons.

Hardin é um personagem cujo humor é difícil de acompanhar, o que dificultou até o final do livro meu julgamento sobre ele. Uma hora é extremamente gentil e carinhoso, noutra, profere palavras hostis à Tessa, a qual se diz apaixonado. É uma miscelânea de sentimentos e atitudes opostas mais do que desnecessária. Tudo bem o personagem demonstrar-se em conflito, mas em todo santo capítulo? Dei-me paciência! Acaba que a coisa toda fica previsível e quando tudo está bem entre os dois principais, já ficamos esperando um surto de Hardin para que as coisas desandem. 

A coisa toda é um enorme clichê e eu garanto que você é capaz de adivinhar o final do livro (que aparentemente é o primeiro de uma série) mesmo sem lê-lo. 

Apesar de tudo isso, o livro tem sim pontos positivos. A leitura é agradável e se faz de forma rápida, descompromissada, sendo constituída de um vocabulário simplório e capítulos curtos que ajudam em sua fluidez. Nos breves momentos de harmonia entre Tessa e Hardin, presenciamos cenas "queridinhas" e fofas. É interessante ver o crescimento deles durante o livro, a superação de seus preconceitos e a forma com que lidam e amadurecem com as diferenças entre suas personalidades. E sim, vou ler o segundo volume! Mesmo que nada surpreendente, o final me deixou ansiosa por respostas. Tenho esperança que a autora dê um pouco mais de auto-confiança à Tessa no decorrer da história, o que tornaria as coisas mais interessantes e menos patéticas pro lado da personagem.

Em suma, é uma história legal e gostosa de se ler, mas é isso: apenas o mais do mesmo.

RESENHA: Sol e Tormenta por Leigh Bardugo

Nome: Sol e Tormenta
Autor(a): Leigh Bardugo
Volume: 2
Editora: Gutenberg
Avaliação: 
Onde comprar: Saraiva, Cultura

Perseguida ao longo do Mar Real e aterrorizada pela memória dos que se foram, Alina Starkov tenta levar uma vida normal com Maly em uma terra desconhecida, enquanto mantém em segredo sua identidade como Conjuradora do Sol. Mas ela não pode ocultar seu passado e nem evitar seu destino por muito mais tempo. Ressurgido de dentro da Dobra das Sombras, o Darkling retorna com um aterrorizante e novo poder e um plano que irá testar todos os limites da natureza. Contando com a ajuda e com os ardis de um admirável e excêntrico corsário, Alina retorna ao país que abandonou, determinada a combater as forças que se reúnem contra Ravka. Mas enquanto seus poderes aumentam, ela se deixa envolver pelas artimanhas do Darkling e sua magia proibida, e se distancia cada vez mais de Maly. Ela será então obrigada a fazer a escolha mais difícil de sua vida - ter sua pátria, seu poder e o amor que ela sempre pensou ser seu porto-seguro ou arriscar perder tudo na tormenta que se aproxima.

"A escuridão nunca morre".

Agora refugiados e fora de Ravka, Maly e Alina tentam seguir com a suas vidas da forma mais silenciosa possível, sempre atentos a notícias a respeito do Darkling e sua caçada por Alina. Enquanto isso ao redor de toda Ravka, boatos são espalhados de que a Conjuradora do Sol sobreviveu ao incidente da Dobra e devotos a ela começam a peregrinar em sua busca com a promessa de que ela os livrará da escuridão. Neste segundo livro, somos introduzidos a uma Ravka partida ao meio. De um lado o Darkling, do outro, Alina

Sou apaixonada pela mitologia cuidadosamente construída pela autora, Leigh Bardugo tem uma escrita divina e uma preocupação em situar o leitor nesse mundo desconhecido, além de que todo esse universo criado por ela é extasiante. Terminei Sombra e Ossos  (volume #1 da trilogia Grisha) sedenta por respostas e perguntando-me o que aconteceria com Alina, Maly, Darkling e o destino de Ravka.  

Fui com "muita sede ao pote", ansiando por respostas e querendo descobrir o futuro de Alina, de sua relação com Maly, o que aconteceu em Ravka e principalmente em Os Alta. Talvez tenha sido este o meu problema: esperava demais do livro. Não que minhas dúvidas não foram sanadas, a autora atingiu com êxito seu propósito. Explicou e condicionou os acontecimentos de forma clara, sem fazer mistérios. Mas eu simplesmente não consegui me deliciar e devorar o livro da forma que esperava, assim como fora com Sombra e Ossos.

Um dos meus maiores problemas com esse Sol e Tormenta foram os capítulos absurdamente grandes e cansativos, podendo facilmente serem divididos em partes menores. Talvez no volume anterior tenha sido a mesma coisa, não me recordo, mas foi tão bom que eu nem notei. 

Sobre o romance Alina-Maly: chato, chato, chato, chato! Não me interpretem mal, acho o Maly um personagem extremamente carismático, uma fofura e um grande cavalheiro (na maioria das vezes, né!). O nosso herói do livro. Todavia ele e a Alina não funcionaram pra mim. Ficou uma coisa meio melosa, meio "nunca vou te deixar" "te amo até o fim" e essas coisas clichês. Pode ser que essa minha opinião seja influenciada pela minha preferência ao Darkling, ele e Alina juntos são excepcionais - insira mil corações aqui. Mesmo que ao final de Sombra e Ossos já tenhamos conhecimento das intenções dele, meu coração ainda pertence ao Darkling. Falando nisso, mesmo havendo a pouca presença dele nesse segundo livro, todas as cenas que ele interage com a Alina foram de tirar o fôlego. Desculpem, mas sou uma team Alarkling declarada.

Por outro lado, seria estupidez da minha parte não ressaltar as inúmeras coisas boas apresentadas nesse livro. Temos a introdução de novos personagens queridíssimos! Alguns já previamente citados, como Nikolai e Vasily Lantsov (os filhos do rei), e outros novos, como os gêmeos Tamar e Tolya

Ah Nikolai! Como não amar? Estou de quatro por ele. Adicione charme, inteligência, habilidade de guerra, sarcasmo e beleza e genuinamente temos nosso caçula Lantsov. Esperando ansiosamente por um conto só desse cara que mal conheço e já considero. Brincadeiras a parte, ele é um dos personagens mais intrigantes da série até agora. Espero ter muito Nikolai Lantsov em Ruin and Rising. Já Tolya e Tamar foram personagens que mesmo tendo passagens curtas entre as cenas, representaram um acréscimo "de peso" para o livro. Certamente a história não teria o rumo que teve sem eles. Adoro os gêmeos! 

Sem me prolongar muito para evitar spoilers, a leitura foi 3 estrelas pra mim. Os capítulos excessivamente extensos e massantes são os responsáveis por isso. De qualquer forma, gostaria de frisar que o conteúdo do livro não me decepcionou, a história e rumo dos personagens foram bem direcionados e relatados. Posso estar errada, mas ao meus olhos, nenhuma ponta solta foi deixada pela autora.

Estou ansiosa pra ler Ruin and Rising (mesmo já sabendo o final após um infeliz jogar o spoiler grotesco sem aviso na minha timeline, valeu você aí)!

RESENHA: Beijada por um Anjo por Elizabeth Chandler

Nome: Beijada por um Anjo
Autor(a): Elizabeth Chandler
Volume: 1
Editora: Novo Conceito
Avaliação: 
Onde comprar: Saraiva, Cultura

Ivy e Tristan foram feitos um para o outro. Eles discordavam apenas em um ponto: Tristan nunca acreditou em anjos. Ivy, por sua vez, fez dos anjos seus protetores nos momentos mais difíceis. E quando Ivy sente ter encontrado o amor de sua vida, um acidente muda o rumo desta história, fazendo com que Ivy questione a existência de algo que era certo em sua vida, os anjos. Uma linda história de amor interrompida cedo demais.

Tenho tendência a gostar de livros que abordam a mitologia dos anjos. Por isso, mesmo que previamente tenha lido um absurdo de resenhas negativas sobre o livro, eu devorei-o em quatro míseras horas. E foi maravilhoso!

Ivy é uma garota com forte crença em anjos. Em meio as bagunças de sua vida, é neles que ela deposita toda sua fé. Acompanhando-a sempre, estão Suzanne e Beth, amigas bem singulares e leais. Ivy vive em seu próprio mundo, sempre dispersa dos acontecimentos ao seu redor e precisando, frequentemente, ser alertada por Suzanne e Beth do que está rolando por aí. Do outro lado temos Tristan, um típico galã: astro da equipe de natação, objeto de cobiça de todas as garotas do colégio e completamente encantado por Ivy - mesmo que não tenha trocado uma palavra com ela antes.

Sim, você já viu essa história antes: todas as garotas o queriam, porém ele queria a única garota que não ligava para ele. Clichê. Previsível. Mas nem por isso deixa de ser um livro fofo e a pedida certa pra quem está procurando por uma leitura despretensiosa.

Já aviso: não é um livro fantástico, que vai marcar sua vida. Mas é adorável e nos proporciona uma leitura gostosa e leve. Os personagens são carismáticos, o que torna uma tarefa difícil não gostar até mesmo do (suposto) vilão. Todos são aparentemente normais, não tendo nada de excepcional em suas vidas – pelo menos não neste primeiro livro da série. O casal principal é cativante, fazendo-nos torcer por seu êxito no momento em que as “dificuldades” se apresentam. A proposta da autora sobre a abordagem de anjos se torna clara após o clímax (sem spoilers!) e eu gostei do rumo tomado por ela.

O que me deixou incomodada com o livro, e torno bem claro que essa é a única ressalva que tenho à respeito dele, é a narração. A forma como a autora (ou a tradutora?!) dispõe as falas, pensamentos e narrações. É confuso e em algumas partes eu estava completamente perdida sobre quem havia dito o quê. Bem como a mudança de cena: em uma hora estávamos na casa de Ivy presenciando um diálogo entre ela e Tristan e de repente nos pegamos já na cena seguinte onde Ivy estava em uma lanchonete com suas amigas e os amigos de Gregory. Não houve transição. Repito: confuso, extremamente confuso. Mas nada que impeça a leitura.

P.s: pontinho para Elizabeth Chandler que deixou subentendida a cena de sexo no primeiro livro, coisa que dificilmente acontece em livros YA. Gosto das temáticas dos livros desse gênero, mas sempre me parece ingênuo demais só abordarem sexo nos últimos livros. “Such a big deal!”. 

RESENHA: Liberta-me por Tahereh Mafi

Nome: Liberta-me
Autor(a): Tahereh Mafi
Volume: 2
Editora: Novo Conceito
Avaliação: 
Onde comprar: Saraiva, Cultura

Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor.

Depois de fugirem do quartel de Warner, Juliette e Adam são levados com a ajuda de Kenji para o Ponto Ômega - local que oferece abrigo aos humanos que possuem um dom. Lá, Juliette é treinada para administrar seus poderes e projeta-los, porém esta se mostra uma tarefa complicada. Ela não está sendo bem sucedida em suas tentativas e ainda tem dificuldade no relacionamento com os habitantes do Ponto Ômega e especialmente com Castle - seu líder. Enquanto isso, descobre-se que Adam não está imune ao toque de Juliette como se pensava. Ele possui o dom de "desativar" o poder dos outros quando usados nele em situações de perigo, mas como sente-se confortável ao lado de Juliette, Adam não consegue mais ficar imune ao seu toque e isso começa a machucá-lo fisicamente. No quartel do Setor 45, o supremo (pai de Warner) veio para ajeitar a bagunça do filho, que por sinal continua apaixonado por Juliette. Sabe-se que uma guerra está chegando e a pergunta frequente na cabeça de Juliette é: de que lado ficar?

Maravilhoso do início ao fim. Estilhaça-me já tinha me ganhado com personagens envolventes e uma história bem singular e em Liberta-me minha paixão só aumentou por esta trilogia. Gosto dos personagens principais, gosto da maneira como a autora trabalha suas personalidades e gosto ainda mais como ela mostra que mesmo em um futuro distante a humanidade ainda possui as mesmas aflições de hoje.

Juliette me irritou um pouquinho neste segundo livro, confesso. Achei-a chorona demais, dengosa demais. E sua constante indecisão também conseguiu me tirar fora do sério (principalmente no capítulo 62). Entretanto, ainda sou uma grande fã da personagem. 

Descobrimos muitas coisas sobre Warner e Adam que são essenciais para o desenvolver da história. Achei muito bom ver Juliette tentando entender os fatores que levaram Warner a ser o que é, aceitando-o como seu similar.

A minha ansiedade maior para o último livro, Ignite Me, não é saber o que vai acontecer com os membros do Ponto Ômega, o Restabelecimento ou qualquer coisa que diz respeito à guerra que precede. Mas sim, descobrir se é com Warner ou com Adam que Juliette irá ficar. Comecei a ler Estilhaça-me crente que Warner não tinha chances (uma pena, que homem!), que a escolha óbvia era Adam. Ao final de Liberta-me já não sabia o que pensar. Torço muito para que Juliette escolha o Warner, pois particularmente acho o Adam sem graça. E eu tenho uma queda por vilões (team Warner).

Dito isso, achei o final surpreendente. Para mim, a autora não poderia ter finalizado de melhor maneira. Espero que Juliette cumpra com as palavras ditas na última página do livro. Se assim for, mudanças significativas (e boas) estão por vir. 

Expectativas altas para o fechamento dessa trilogia, confiante que a autora vai nos dar um final de tirar o fôlego. E espero que editora capriche mais na arte da capa do 3º livro, afinal que capa horrorosa a de Liberta-me! Ganhou o prêmio de capa mais feia da minha estante.

RESENHA: Como Eu era antes de Você por Jojo Moyes

Nome: Como Eu era antes de Você
Autor(a): Jojo Moyes
Volume: Único
Editora: Intrínseca
Avaliação: 
Onde comprar: Saraiva, Cultura

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.

Louisa Clark é uma garota extremamente comum. Tem vinte e sete anos, namora há mais de seis com Patrick, trabalha num café e ainda mora na pequena casa de seus pais com seu avô, irmã e sobrinho. Ela adora seu emprego e quando fica sabendo que Frank (o dono) irá fechá-lo, fica devastada. A procura de um novo trabalho para ajudar nas finanças da casa, encontra o de "cuidadora" na casa dos Traynors - uma família rica do condado onde vive -, com duração de apenas seis meses. Seu paciente é Will Traynor, que sofrera um acidente causado por uma motocicleta, deixando-o tetraplégico. Ele recebe cuidados médicos de Nathan, o enfermeiro, fazendo com que o trabalho de Lou seja direcionado apenas a parte de manter Will longe de problemas e reanimá-lo. 

O que Will e Lou não sabiam é que esses seis meses iriam mudar a vida dos dois.

Eu não tenho palavras para este livro. Certamente é um daqueles que irei levar para o resto da vida no meu coração. O modo com que a autora apresenta o tema para o leitor e a simplicidade com que ela trata sobre assuntos tão complicados de serem falados explicitamente (o preconceito, o jeito que Will encara seu quadro e sua determinação em levar o que quer fazer a diante) me encantou.

Não sou rápida na leitura de meus livros, ao contrário, chega tempos em que levo um mês para ler míseras 400 páginas. Mas com Como Eu era antes de Você não consegui soltar o livro antes de termina-lo: acabei por lê-lo em exatas 12 horas. 

A leitura flui com muita facilidade. Os personagens são carismáticos e já nas primeiras páginas é inevitável você não se pegar torcendo por Lou na busca de um novo emprego. A família da protagonista é divertida, principalmente os pais. Já em contraste a estes, temos os Traynors que vivem vários conflitos internos.

A autora expõe na obra inúmeras críticas à sociedade e sua inacessibilidade de se adaptar ao modo de vida do deficiente físico. Ao preconceito que todos (todos!) têm dentro si quando se deparam com alguém diferente ou uma situação que foge de suas zonas de conforto. À famosa frase "dinheiro não trás felicidade", pois apesar dos Traynors possuírem uma vasta quantia em suas respectivas contas bancárias, Camilla e Steven vivem um casamento infeliz no qual ele a traí e ela é consciente disso, Will está preso a uma cadeira de rodas, privado de fazer suas aventuras que outrora significavam sua vida e ainda é obrigado a assistir sua ex-namorada casar com seu ex-amigo.

Comprei Como Eu era antes de Você não dando muito pelo livro. Para ser sincera, comprei porque a capa é espetacular (e depois que você ler o livro, vai perceber que a capa é um enorme spoiler para o final. Absurdamente poético. Lindo!). Mas me surpreendi, e como! O livro tornou-se um dos meus favoritos, se não o favorito.