RESENHA: Liberta-me por Tahereh Mafi

Nome: Liberta-me
Autor(a): Tahereh Mafi
Volume: 2
Editora: Novo Conceito
Avaliação: 
Onde comprar: Saraiva, Cultura

Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor.

Depois de fugirem do quartel de Warner, Juliette e Adam são levados com a ajuda de Kenji para o Ponto Ômega - local que oferece abrigo aos humanos que possuem um dom. Lá, Juliette é treinada para administrar seus poderes e projeta-los, porém esta se mostra uma tarefa complicada. Ela não está sendo bem sucedida em suas tentativas e ainda tem dificuldade no relacionamento com os habitantes do Ponto Ômega e especialmente com Castle - seu líder. Enquanto isso, descobre-se que Adam não está imune ao toque de Juliette como se pensava. Ele possui o dom de "desativar" o poder dos outros quando usados nele em situações de perigo, mas como sente-se confortável ao lado de Juliette, Adam não consegue mais ficar imune ao seu toque e isso começa a machucá-lo fisicamente. No quartel do Setor 45, o supremo (pai de Warner) veio para ajeitar a bagunça do filho, que por sinal continua apaixonado por Juliette. Sabe-se que uma guerra está chegando e a pergunta frequente na cabeça de Juliette é: de que lado ficar?

Maravilhoso do início ao fim. Estilhaça-me já tinha me ganhado com personagens envolventes e uma história bem singular e em Liberta-me minha paixão só aumentou por esta trilogia. Gosto dos personagens principais, gosto da maneira como a autora trabalha suas personalidades e gosto ainda mais como ela mostra que mesmo em um futuro distante a humanidade ainda possui as mesmas aflições de hoje.

Juliette me irritou um pouquinho neste segundo livro, confesso. Achei-a chorona demais, dengosa demais. E sua constante indecisão também conseguiu me tirar fora do sério (principalmente no capítulo 62). Entretanto, ainda sou uma grande fã da personagem. 

Descobrimos muitas coisas sobre Warner e Adam que são essenciais para o desenvolver da história. Achei muito bom ver Juliette tentando entender os fatores que levaram Warner a ser o que é, aceitando-o como seu similar.

A minha ansiedade maior para o último livro, Ignite Me, não é saber o que vai acontecer com os membros do Ponto Ômega, o Restabelecimento ou qualquer coisa que diz respeito à guerra que precede. Mas sim, descobrir se é com Warner ou com Adam que Juliette irá ficar. Comecei a ler Estilhaça-me crente que Warner não tinha chances (uma pena, que homem!), que a escolha óbvia era Adam. Ao final de Liberta-me já não sabia o que pensar. Torço muito para que Juliette escolha o Warner, pois particularmente acho o Adam sem graça. E eu tenho uma queda por vilões (team Warner).

Dito isso, achei o final surpreendente. Para mim, a autora não poderia ter finalizado de melhor maneira. Espero que Juliette cumpra com as palavras ditas na última página do livro. Se assim for, mudanças significativas (e boas) estão por vir. 

Expectativas altas para o fechamento dessa trilogia, confiante que a autora vai nos dar um final de tirar o fôlego. E espero que editora capriche mais na arte da capa do 3º livro, afinal que capa horrorosa a de Liberta-me! Ganhou o prêmio de capa mais feia da minha estante.

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