RESENHA: Sol e Tormenta por Leigh Bardugo

Nome: Sol e Tormenta
Autor(a): Leigh Bardugo
Volume: 2
Editora: Gutenberg
Avaliação: 
Onde comprar: Saraiva, Cultura

Perseguida ao longo do Mar Real e aterrorizada pela memória dos que se foram, Alina Starkov tenta levar uma vida normal com Maly em uma terra desconhecida, enquanto mantém em segredo sua identidade como Conjuradora do Sol. Mas ela não pode ocultar seu passado e nem evitar seu destino por muito mais tempo. Ressurgido de dentro da Dobra das Sombras, o Darkling retorna com um aterrorizante e novo poder e um plano que irá testar todos os limites da natureza. Contando com a ajuda e com os ardis de um admirável e excêntrico corsário, Alina retorna ao país que abandonou, determinada a combater as forças que se reúnem contra Ravka. Mas enquanto seus poderes aumentam, ela se deixa envolver pelas artimanhas do Darkling e sua magia proibida, e se distancia cada vez mais de Maly. Ela será então obrigada a fazer a escolha mais difícil de sua vida - ter sua pátria, seu poder e o amor que ela sempre pensou ser seu porto-seguro ou arriscar perder tudo na tormenta que se aproxima.

"A escuridão nunca morre".

Agora refugiados e fora de Ravka, Maly e Alina tentam seguir com a suas vidas da forma mais silenciosa possível, sempre atentos a notícias a respeito do Darkling e sua caçada por Alina. Enquanto isso ao redor de toda Ravka, boatos são espalhados de que a Conjuradora do Sol sobreviveu ao incidente da Dobra e devotos a ela começam a peregrinar em sua busca com a promessa de que ela os livrará da escuridão. Neste segundo livro, somos introduzidos a uma Ravka partida ao meio. De um lado o Darkling, do outro, Alina

Sou apaixonada pela mitologia cuidadosamente construída pela autora, Leigh Bardugo tem uma escrita divina e uma preocupação em situar o leitor nesse mundo desconhecido, além de que todo esse universo criado por ela é extasiante. Terminei Sombra e Ossos  (volume #1 da trilogia Grisha) sedenta por respostas e perguntando-me o que aconteceria com Alina, Maly, Darkling e o destino de Ravka.  

Fui com "muita sede ao pote", ansiando por respostas e querendo descobrir o futuro de Alina, de sua relação com Maly, o que aconteceu em Ravka e principalmente em Os Alta. Talvez tenha sido este o meu problema: esperava demais do livro. Não que minhas dúvidas não foram sanadas, a autora atingiu com êxito seu propósito. Explicou e condicionou os acontecimentos de forma clara, sem fazer mistérios. Mas eu simplesmente não consegui me deliciar e devorar o livro da forma que esperava, assim como fora com Sombra e Ossos.

Um dos meus maiores problemas com esse Sol e Tormenta foram os capítulos absurdamente grandes e cansativos, podendo facilmente serem divididos em partes menores. Talvez no volume anterior tenha sido a mesma coisa, não me recordo, mas foi tão bom que eu nem notei. 

Sobre o romance Alina-Maly: chato, chato, chato, chato! Não me interpretem mal, acho o Maly um personagem extremamente carismático, uma fofura e um grande cavalheiro (na maioria das vezes, né!). O nosso herói do livro. Todavia ele e a Alina não funcionaram pra mim. Ficou uma coisa meio melosa, meio "nunca vou te deixar" "te amo até o fim" e essas coisas clichês. Pode ser que essa minha opinião seja influenciada pela minha preferência ao Darkling, ele e Alina juntos são excepcionais - insira mil corações aqui. Mesmo que ao final de Sombra e Ossos já tenhamos conhecimento das intenções dele, meu coração ainda pertence ao Darkling. Falando nisso, mesmo havendo a pouca presença dele nesse segundo livro, todas as cenas que ele interage com a Alina foram de tirar o fôlego. Desculpem, mas sou uma team Alarkling declarada.

Por outro lado, seria estupidez da minha parte não ressaltar as inúmeras coisas boas apresentadas nesse livro. Temos a introdução de novos personagens queridíssimos! Alguns já previamente citados, como Nikolai e Vasily Lantsov (os filhos do rei), e outros novos, como os gêmeos Tamar e Tolya

Ah Nikolai! Como não amar? Estou de quatro por ele. Adicione charme, inteligência, habilidade de guerra, sarcasmo e beleza e genuinamente temos nosso caçula Lantsov. Esperando ansiosamente por um conto só desse cara que mal conheço e já considero. Brincadeiras a parte, ele é um dos personagens mais intrigantes da série até agora. Espero ter muito Nikolai Lantsov em Ruin and Rising. Já Tolya e Tamar foram personagens que mesmo tendo passagens curtas entre as cenas, representaram um acréscimo "de peso" para o livro. Certamente a história não teria o rumo que teve sem eles. Adoro os gêmeos! 

Sem me prolongar muito para evitar spoilers, a leitura foi 3 estrelas pra mim. Os capítulos excessivamente extensos e massantes são os responsáveis por isso. De qualquer forma, gostaria de frisar que o conteúdo do livro não me decepcionou, a história e rumo dos personagens foram bem direcionados e relatados. Posso estar errada, mas ao meus olhos, nenhuma ponta solta foi deixada pela autora.

Estou ansiosa pra ler Ruin and Rising (mesmo já sabendo o final após um infeliz jogar o spoiler grotesco sem aviso na minha timeline, valeu você aí)!

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